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Thursday 16 April 2015

Bienal Internacional de São Paulo


Medidas da Incerteza

Inspirado por disciplinas que vão da termodinâmica à teoria da informação, Volz parte do conceito de “incerteza” e “entropia” para pensar a “proximidade que um sistema está do equilíbrio ou da desordem”, lembrando que tentativas de quantificação da incerteza podem ser encontradas em muitas disciplinas, da matemática à astronomia, passando pela lingüística, biologia, sociologia, antropologia e história.

De acordo com Volz, a arte, diferentemente de outras disciplinas, aponta para a desordem no sistema, levando em conta a ambigüidade e a contradição. Trata-se, nesse caso, de contar o incontável ou mensurar o imensurável. Justamente por ser uma disciplina especulativa, a arte pode fornecer estratégias para a vida em uma era de incerteza.

“Temos consciência de que as formas clássicas de deliberação e tomada de decisões governamentais começaram progressivamente a fracassar, que valores há muito vigentes se dissolvem e que algumas de nossas premissas éticas básicas estão sendo violadas em diversas partes do planeta”, escreve o curador. “Podemos afirmar com certeza que a incerteza presidirá as futuras décadas, quer se trate dos eventos escatológicos que alguns prevêem para o futuro próximo ou as crises e mudanças sociais, ecológicas, econômicas e políticas por que o mundo está passando.”

Temas para reflexão e trabalho

A partir dessa primeira premissa, temas como Subjetividade, Fantasmas, Inteligência Coletiva, Sinergia, Ecologia e Medo estruturarão o desenvolvimento da proposta curatorial, procurando estabelecer um díalogo com grandes questões da atualidade: mudança climática, perda da diversidade, a extinção, igualdade social, diferenças culturais, exaustão do capitalismo e da governança tradicional de cima para baixo, e também os mitos, tradições, linguagem e modelos alternativos de educação. (http://www.bienal.org.br/)



A cidade de Kassel foi o anfitrião da documenta desde a sua criação, em 1955. Da mesma forma, ao longo dos últimos treze edições, documenta tem servido como palco de muitos artistas e profissionais da cultura de todo o mundo. Mas, em última análise, esta posição de host-com todos os privilégios envolvidos, parece não haver mais sustentável e implora para ser questionada, mesmo que apenas temporariamente. Para este fim, Szymczyk introduziu dupla estrutura planejada documenta 14 de: Em 2017, documenta 14 vai estabelecer um segundo local de-Atenas-trazendo Kassel e da capital grega em pé de igualdade como os dois locais de exibição. Assim posição indiscutível da documenta como anfitrião será abandonado por outro papel, o de hóspedes, em Atenas.
Szymczyk observou que as principais linhas de pensamento por trás deste movimento são múltiplas. Eles têm a ver com a situação social e política atual, tanto na Europa e no mundo, o que motiva a ação artística. Além disso, eles apontam para a necessidade de incorporar na documenta 14 a tensão palpável entre o Norte eo Sul, uma vez que se reflete, articulado, e interpretado na produção cultural contemporânea. O desafio envolve evitar as armadilhas da lógica binária, enquanto ressonância com novas realidades. Para o efeito, em vez de o espetáculo singular, com a sua localização claramente designada e ordem temporal, típico para grandes exposições internacionais, documenta 14 compreenderá duas iterações definidas em equilíbrio dinâmico no espaço e no tempo. (http://www.documenta.de/)


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